Cerca de mil pessoas, na estimativa dos organizadores, participaram da terceira edição do Viva Floripa, no dia do Nascituro (8 de outubro), em Florianópolis.

A concentração às nove da manhã, foi em frente da Catedral Metropolitana. Pelas ruas do centro, os manifestantes seguiram até a Beira Mar Norte, onde encerraram o ato.

Ao longo do trajeto, Sara Winter, que se descreve como ex-feminista e ex-esquerdista, relatou a “doutrinação” contra a vida que recebeu do Femen, movimento radical ucraniano, que não é considerado legítimo pelas feministas brasileiras. “Me fizeram acreditar que todo homem é um estuprador em potencial”, revelou.

Hoje militante do PSC, partido do deputado Jair Bolsonaro, a jovem de 24 anos ponderou que o aborto é uma ferida que nunca se cura, não importa o quanto se confesse e peça perdão. “Sonho com ele saindo de mim e eu tento colocá-lo para dentro de novo”.  

Padre Hélio Luciano, responsável pela Comissão Vida e Família da Arquidiocese, analisou que o ato mostra que a luta pela vida também pode ser alegre. “Nunca imaginei que estaria aqui em cima (do trio elétrico)”, brincou. 

Para ele, todos que defendem a vida precisam agir com acolhimento e fiscalizar as iniciativas legislativas que visam descriminalização o aborto. “Começa assim e terminam liberando tudo”, previu. 

Para dom Wilson Tadeu Jönck, arcebispo de Florianópolis, é preciso evidenciar a vida como valor central. Segundo ele, os fiéis devem agir preventivamente contra o aborto, propagando os valores do evangelho, não só com palavras, mas “com a nossa vida e com a nossa amizade”, para que todos saibam que matar um feto ou um embrião “é matar uma vida humana”.