Em preparação ao Sínodo 2015, da Família, o Regional Sul 4 (Santa Catarina) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil respondeu, dia 05 de março, o documento preparatório (‘lineamenta’) no qual se apresentam 46 perguntas sobre temas como a pastoral dos divorciados ou acolhimento dos homoafetivos.
Os membros do Conselho Regional de Pastoral (CRP), subsidiário do Conselho Episcopal Regional (Conser) do Regional Sul 4, apontaram que há necessidade de a Igreja exercer com mais amplitude o acolhimento e misericórdia e de agilizar os processos de nulidade matrimonial. Atualmente, os processos de nulidade costumam durar um ano na primeira instância e 6 meses no tribunal de apelação.
As respostas também apontaram que não há um trabalho sistemático de atenção aos homoafetivos. Destacaram ainda, que celebrações matrimoniais privilegiam o evento social em detrimento ao sacramento.
Antes do casamento
Outra preocupação recorrente nas respostas é a preparação para o matrimônio. “Não se pode formar noivos em apenas dois encontros”, analisou padre Hélio Luciano, que assessorou o CRP nesta etapa.
O presidente do Conser e arcebispo de Florianópolis, dom Wilson Tadeu Jönck, apontou que é preciso preparar “nossos jovens desde antes do encontro de noivos”, em um processo mais amplo. Ele também indicou que “para o desafio da família precisamos sair de onde nós estamos”.
As respostas serão compiladas pelo secretariado executivo do regional e enviadas às dioceses, para ajudar reflexões pertinentes sobre a realidade e a situação de cada local. A compilação também será enviada Secretaria Geral do Sínodo.
A reunião do Conselho Regional de Pastoral, 05 e 06 de março, também teve na pauta a discussão do trabalho ecumênico em Santa Catarina e a articulação da Comissão Regional de Liturgia. Também foram pontuadas questões da realidade política atual e sobre a posição da CNBB quanto à reforma política.