Bento XVI afirmou ontem de manhã em Roma que os católicos devem empenhar-se para “superar o analfabetismo religioso” que classificou como um dos maiores problemas da sociedade atual.

O Papa falava na visita à paróquia de São João Baptista de La Salle, ao sul da capital italiana, o seu primeiro compromisso público após uma semana de retiro quaresmal, no Vaticano. Manifestando “grande alegria” por ver tantas crianças nesta comunidade católica, o Papa recordou, na homilia da missa a que presidiu, a missão de cada família na educação para a fé.

O Papa centrou a sua reflexão nas leituras bíblicas proferidas na celebração, afirmando que Deus “não quer a morte, mas a vida” e que cada pessoa está “no coração” desse mesmo Deus, que ofereceu o seu filho Jesus à humanidade. “Ninguém nos poderá separar do seu imenso amor”, declarou. Bento XVI falou ainda de uma “estrada de amor luminoso que vence as trevas”, através do dom total de sis mesmo. “É o êxodo definitivo que nos abre a porta para a liberdade e a novidade da ressurreição, da salvação do mal; temos necessidade disso no nosso caminho quotidiano, muitas vezes marcado também pela escuridão do mal”, disse ainda.

Já no Vaticano, ao meio-dia para a reza da oração mariana do Ângelus, o Papa regressou a este tema, referindo que “Jesus é a luz que nunca se apaga, mesmo na noite mais escura”. “Caros irmãos e irmãs, todos nós temos necessidade de luz interior para superar as provas da vida”, observou, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Em francês, Bento XVI desafiou os presentes a não terem “vergonha” de ser cristãos e a viver a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa que a Igreja Católica está a assinalar, em todos os seus “lugares de vida”.

Revista Dom Total