Ontem (5), com a voz embargada que padre Francisco de Assis Wloch iniciou a missa realizada especialmente para sua despedida da Catedral Metropolitana de Florianópolis. Ele deixa paróquia depois de tê-la assumido há dez anos também em um dia 5 de agosto, às 19h30.
– Vamos começar a celebração. É difícil, mas vamos começar -, disse padre Chico, como é conhecido.
Logo após a proclamação do Evangelho, padre Pedro Adolino Martendal, vigário da paróquia, falou sobre a nova missão do padre Chico na CNBB como Subsecretário Adjunto de Pastoral.
– Pensar do tamanho do Brasil, em todo Brasil, é a sua Missão -, disse padre Pedro na homilia dedicada o colega.
Em seu discurso, no fim da missa, padre Chico falou de sonhos realizados, pediu perdão e agradeceu dezenas de pessoas e instituições.
– Não vivemos do passado, mas sobre o passado, projetando um futuro melhor. Somos um edifício em construção. O edificamos com ideais, ideias, sonhos e convicções. Meu sacerdócio sempre foi vivido sobre ideais, ideias, sonhos e convicções -, disse, ao relembrar seu discurso de posse como pároco.
Além disso, ele renovou um pedido de perdão feito há dez anos, ao afirmar que mesmo um padre também é limitado, sujeito a erros e fracassos.
– Todos, com razão, esperam muito do padre. Custam até a admitir que possa errar. Mesmo que o padre esteja revestido de uma missão divina, não deixa de ser criatura humana -, justificou.
Em seguida, a Pastoral da Comunicação apresentou um vídeo, onde as lideranças das pastorais e movimentos agradeceram o apoio oferecido pelo padre. Depois da missa, ele também recebeu presentes e as pessoas despediram-se individualmente.
– A partida do padre Chico é um misto de tristeza e alegria. Tristeza por nos deixar e alegria por saber que ele vai para um lugar melhor -, disse Janaína Arcênio, secretária paroquial, à reportagem da Agência Sul 4 de Notícias.
Heitor Campos, coordenador arquidiocesano do Movimento de Irmãos, do qual padre Chico foi assessor espiritual até recentemente, contou que o conhece há vários anos.
– Ele sempre foi um batalhador pelo Movimento. Para nós vai ser uma perda muito grande, mas quem está ganhando é a Igreja no Brasil -, avaliou Heitor.
Além de pároco da Paróquia Nossa Senhora do Desterro e Santa Catarina de Alexandria, padre Francisco de Assis Wloch era também reitor da Catedral Metropolitana e administrador da reforma da sua.
Agência Sul 4 de Notícias