Padre Chico emocionou-se durante toda a celebração de despedida (Marcelo Luiz Zapelini/Agência Sul 4 de Notícias)

Ontem (5), com a voz embargada que padre Francisco de Assis Wloch iniciou a missa realizada especialmente para sua despedida da Catedral Metropolitana de Florianópolis. Ele deixa paróquia depois de tê-la assumido há dez anos também em um dia 5 de agosto, às 19h30.

– Vamos começar a celebração. É difícil, mas vamos começar -, disse padre Chico, como é conhecido.

Logo após a proclamação do Evangelho, padre Pedro Adolino Martendal, vigário da paróquia, falou sobre a nova missão do padre Chico na CNBB como Subsecretário Adjunto de Pastoral.

– Pensar do tamanho do Brasil, em todo Brasil, é a sua Missão -, disse padre Pedro na homilia dedicada o colega.

Em seu discurso, no fim da missa, padre Chico falou de sonhos realizados, pediu perdão e agradeceu dezenas de pessoas e instituições.

– Não vivemos do passado, mas sobre o passado, projetando um futuro melhor. Somos um edifício em construção. O edificamos com ideais, ideias, sonhos e convicções. Meu sacerdócio sempre foi vivido sobre ideais, ideias, sonhos e convicções -, disse, ao relembrar seu discurso de posse como pároco.

Além disso, ele renovou um pedido de perdão feito há dez anos, ao afirmar que mesmo um padre também é limitado, sujeito a erros e fracassos.

Paroquianos despediram-se pessoalmente do seu pároco (Marcelo Luiz Zapelini/Agência Sul 4 de Notícias)

Paroquianos despediram-se pessoalmente do seu pároco (Marcelo Luiz Zapelini/Agência Sul 4 de Notícias)

– Todos, com razão, esperam muito do padre. Custam até a admitir que possa errar. Mesmo que o padre esteja revestido de uma missão divina, não deixa de ser criatura humana -, justificou.

Em seguida, a Pastoral da Comunicação apresentou um vídeo, onde as lideranças das pastorais e movimentos agradeceram o apoio oferecido pelo padre. Depois da missa, ele também recebeu presentes e as pessoas despediram-se individualmente.

– A partida do padre Chico é um misto de tristeza e alegria. Tristeza por nos deixar e alegria por saber que ele vai para um lugar melhor -, disse Janaína Arcênio, secretária paroquial, à reportagem da Agência Sul 4 de Notícias.

Heitor Campos, coordenador arquidiocesano do Movimento de Irmãos, do qual padre Chico foi assessor espiritual até recentemente, contou que o conhece há vários anos.

– Ele sempre foi um batalhador pelo Movimento. Para nós vai ser uma perda muito grande, mas quem está ganhando é a Igreja no Brasil -, avaliou Heitor.

Além de pároco da Paróquia Nossa Senhora do Desterro e Santa Catarina de Alexandria, padre Francisco de Assis Wloch era também reitor da Catedral Metropolitana e administrador da reforma da sua.

Agência Sul 4 de Notícias