Jovens realizaram momento de oração que precedeu celebração eucarística (Foto: Marcelo Luiz Zapelin/CNBB Sul 4)

A Diocese de Joinville recebeu os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento, dia 13 de Janeiro.  O arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, presidiu a celebração, na qual Felipe Candin, responsável pelo Setor Juventude arquidiocesano repassou formalmente a responsabilidade para a delegação de Joinville.

A comunidade católica de Joinville esperava pela chegada dos símbolos da catedral diocesana durante a tarde. Inicialmente, os jovens realizaram um momento de oração. Eles depositaram os Ícones de Nossa Senhora e da Beata Albertina diante do altar. A entrada da Cruz foi seguida de aplausos e gritos. “Arrá! Urrú! A Cruz é nossa”, repetiram insistentemente enquanto pulavam com a cruz no corredor central.

Velas foram espalhadas ao redor dos símbolos, orações foram recitadas e cantos foram entoados. Um grupo jovem de uma comunidade de vida católica apresentou uma dança relacionada com a Jornada Mundial da Juventude.

Mais tarde, o bispo diocesano Irineu Roque Scherer presidiu uma celebração eucarística. Os fiéis ocuparam todos os espaços que ainda estavam livres. O bispo lembrou a história de cada símbolo, destacou a importância de motivar novas vocações religiosas e ainda disse que “gostaria que os jovens fossem mais presentes na vida da Igreja”. Ele assinalou algumas opções para atuação.

— Eu gostaria que os jovens fossem ao encontro das casas terapêuticas (de recuperação de dependentes químicos), dos idosos, das cadeias e dos doentes nos hospitais — comentou.

Em seu cálculo, 300 novas capelas, das 450 existentes, poderiam ser criadas se houvessem mais padres.

— Será que não poderiam surgir mais vocações sacerdotais entre os jovens? — perguntou.

O Padre Sávio Ribeiro, assessor dos Bispos do Brasil na evangelização dos jovens foi convidado Dom Scherer para falar sobre a peregrinação dos símbolos ao redor do país. O padre, que acompanhou os símbolos em 15 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lembrou momentos significativos como a travessia do Rio São Francisco, no nordeste, visitas às aldeias indígenas, no norte, e na penitenciária de Florianópolis.

Padre Sávio acrescentou, aplaudido, que este trabalho vale à pena e que “os jovens são preciosos para a Igreja”. Ele também assegurou que a Igreja é o lugar deles.

—Vocês são felizes porque não precisam de mais nada porque encontraram Nosso Senhor Jesus Cristo — disse.

Depois da missa, a comunidade iniciou uma procissão luminosa até a comunidade católica Arca da Aliança, distante cerca de dez quilômetros. O ato logo foi convertido em caminhada musical. Em poucas quadras, os jovens deixaram as velas para dançarem ao som de músicas católicas durante o percurso.

Foram realizadas paradas na sede da Pastoral Carcerária, Seminário Propedêutico e em paróquias que estavam no trajeto. Nestes locais, fiéis esperavam a passagem dos símbolos segurando velas. Com a chegada ao destino já na madrugada do dia 14, iniciou-se uma vigília até o início da manhã. No dia 14 de janeiro, os símbolos são recebidos pelo primeiro dos dois shows “Bote Fé” comarcais de Joinville.

A Cruz Peregrina tem 3,8 metros. Após a Semana Santa de 1.983, o Papa João Paulo II deu-a aos jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço, em Roma. Desde então, tem sido levada para as Jornadas Mundiais, em várias partes do mundo. Desde 2003, por iniciativa do Papa João Paulo II, ela está sendo acompanhada pelo ícone de Maria (Quadro de Nossa Senhora).