O 5º Encontro com os Jornalistas das Dioceses, Regionais e Organismos da CNBB aconteceu entre os dias 23 e 25, em Brasília. O evento foi organizado pela Assessoria de Imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e reuniu 74 pessoas de várias partes do país, incluindo a CNBB Regional Sul 4 (Santa Catarina). O objetivo do encontro foi articular uma rede de jornalistas colaboradores.
No domingo, 25, o assessor de imprensa da CNBB, padre Rafael Vieira, apresentou a proposta da construção de uma rede de correspondentes, que foi o tema do encontro, “Jornalismo em Rede – um desafio para a Igreja”. O padre, que é jornalista, destacou que trata-se de jornalismo institucional, o que difere do trabalho realizado da Pastoral da Comunicação. Além disso, ele propôs que os jornalistas colaborem em pautas coletivas para o site da CNBB, partilhem esperiências e busquem soluções em conjunto. A proposta foi aprovada por consenso.
No sábado, dois profissionais convidados trataram sobre temas relacionados. “Experiência de jornalismo em rede no rádio, TV e internet”, foi apresentado pelo jornalista Sidney Rezende, da rede Globo News e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Segundo o professor, instituições que não incorporarem a comunicação ficarão à margem.
– O mundo está em transformação rápida. Acordamos mais cedo e dormimos mais tarde. Nunca se vendeu tanto remédios para dormir quanto nos dias atuais, mostrando que a humanidade vive um paradigma influenciado pelo consumo da informação acelerada -, disse Sidney fazendo uma provocação: “Qual é o papel da Igreja nesse mundo?”.
O professor de webjornalismo, Danin Júnior, abordou o tema: ‘Experiência de jornalismo em rede para uma instituição’. Especialista em ‘Jornalismo em novas mídias’, dividiu sua experiência de atuação na comunicação digital, do governo de Goiás, com os comunicadores participantes do encontro. Para ele, uma assessoria, “não basta publicar” matérias e ações sobre a instituição (no exemplo dele, o governo o estado de Góias), é necessário, também, haver diálogo com o público.
– Criamos três perfis por órgão. Um é oficial e apenas registra as ações. Outro é da assessoria e é o mais conversador, que fala com o público. O terceiro é da personificação da instituição, se for uma secretaria, é o perfil do secretário que também dialoga, podendo ser gerido por uma assessoria ou pelo próprio secretário -, explicou.