Paroquianos tomaram posse da Cruz e a levaram até o hospital vizinho à Igreja Matriz (Foto: Marcelo Luiz Zapelini)

O roteiro inicial dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no dia 10 de janeiro, quinta-feira, na Arquidiocese de Florianópolis incluiu as comarcas de Santo Amaro da Imperatriz e Campinas. A recepção aconteceu no Bote Fé comarcal em Angelina, depois de uma breve passagem pela sede da comarca.

O comboio que acompanhou o caminhão que conduz os Ícones de Nossa Senhora e da Beata Albertina e da Cruz Peregrina ao redor de Santa Catarina, partiu de Imbituba ao meio dia, depois que o roteiro pela diocese de Tubarão foi encerrado.

Uma parada na Igreja Matriz de Santo Amaro da Imperatriz, não prevista no cronograma, para que uma equipe de reportagem fotografasse a cruz atraiu fiéis que viram sua chegada. Depois de fotografada, a cruz foi fixada no caminhão, mesmo assim alguns fiéis subiram na carroceria para tocar a cruz. O ato ganhou dimensão quando cerca de 50 pessoas subiram o morro, que dá acesso à igreja, para venerar os símbolos. A Cruz precisou ser descida do caminhão.

Os paroquianos, a maioria pessoas idosas, decidiram também levar a cruz até o hospital próximo, onde fizeram orações. A surpreendente iniciativa chamou a atenção de pacientes e funcionários que aproximarem-se da cruz para tocá-la.

A agricultora aposentada, Ângela Fermena, 78, soube que a cruz estava parada em frente do hospital e correu para vê-la. Estava satisfeita com a visita, mas triste com o comportamento dos jovens atualmente, que segundo ela não querem mais ir à Igreja, diferente dos jovens de sua geração que gostavam de ir à missa e à catequese.

— A juventude está demais. Eles não acreditam mais. Eles dizem que o povo das antigas (sic) não sabe de nada. Se Deus quiser ainda vamos chegar lá e eles vão mudar — disse.

Ainda antes de voltar ao caminho para Angelina, uma carreata percorreu as ruas do centro da cidade ao som de canções da Jornada Mundial da Juventude.