Cruz de Cedro é um dos símbolos da Romaria da Terra (Foto: Fernanda Marca/Pastoral da Comunicação de Joaçaba)

A 22ª Romaria da Terra e da Água reuniu, no dia 11 de setembro de 2011, cerca de 8 mil pessoas das 10 dioceses catarinenses. O evento aconteceu no município de Irani (SC), no Sítio Histórico do Contestado.

Este ano o evento refletiu o tema “Deus criou tudo (…) era muito bom”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2011, “Fraternidade e Vida no Planeta”, trazendo para a reflexão sobre uma mudança de comportamento e atitudes diante do descaso e da falta de cuidado com a natureza e o planeta, também lembrou a Guerra do Contestado, que completará 100 anos.

A Romaria da terra, denuncia, reflete e vem nos levar para um novo caminho de desenvolvimento onde a pessoa humana, nossas florestas e nossos mananciais são colocados como objetivos centrais do desenvolvimento.

Não houve comércio no local, os romeiros tiveram à disposição tendas nas quais foram oferecidas acolhidas, sombra, alimentação e convivência. Foram recebidos por pastorais e equipes do Regional Sul 4 da CNBB (Santa Catarina), também estiveram presentes  organizações populares e movimentos sociais, que são parceiros na realização da Romaria.    Elena Casagrande, integrante da coordenação geral da Romaria e da Comissão Pastoral da Terra, comentou que a 22ª Romaria da Terra e da Água é uma grande expressão de nossa fé no Deus da vida e uma grande revelação da preocupação dos homens e mulheres catarinenses com a vida do planeta Terra, nossa casa comum.

O bispo da diocese de Joaçaba, dom Mário Marquez, infelizmente não teve condições de se fazer presente devido a compromissos agendados a dois anos na Itália, onde se encontraria com todos os bispos da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos de todo o mundo, porém deixou sua manifestação sobre o tema através de um porta-voz.

Além de denunciar as ameaças ao meio ambiente, a Romaria destacou experiências que contribuem para a valorização da relação das pessoas com a natureza, como o uso das ervas medicinais, experiências de economia solidária, resgate da produção de sementes crioulas e de alimentos agro ecológicos. O objetivo é dar oportunidade e espaço para reflexões que gerem práticas concretas no cuidado do planeta.

O objetivo também foi unir-se às pessoas atingidas pelas enchentes em SC e num, gesto de solidariedade manifestar apoio, orações e um gesto de partilha. Para isso cada romeiro e romeira foram convidados a trazer algum alimento não perecível para ser doado às pessoas atingidas.

Fernanda Marca, jornalista da Pastoral da Comunicação de Joaçaba (Edição: Marcelo Luiz Zapelini)

Atualizada em: 14/09/2011 – 14h58