A 65ª Romaria e Festa em honra a Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Veneza, recebeu mais de 60 mil romeiros, de acordo com os organizadores, em nove dias da novena e no domingo, 29. Romeiros aproveitaram para fazerem pedidos à Santa, como é a tradição nos 50 anos de existência do Santuário Diocesano.

Na caminhada de cerca de 6 quilômetros, desde Criciúma, a família Luca, levou a esperança de uma graça. “Viemos pedir a cura para nossa filha, que tem uma doença rara. Faz um ano que estamos lutando e os médicos ainda não descobriram qual é a doença, que está degenerando os membros. A situação física dela melhorou, mas as pernas e braços atrofiaram”, explicou Alexandre Luca. Apesar das limitações, Giulia Luca, de 10 anos, conseguiu subir o a colina até o santuário. “Para nós já é uma graça alcançada”, acrescentou o pai.

Valda Pavei, em companhia da filha, Sandra, de Criciúma, caminhou cerca de 20 quilômetros, como nos últimos 15 anos. “Temos fé e esperança em Nossa Senhora. É muito bom estar aqui, a gente se sente muito alegre, com amor, enche nosso espírito para continuar a vida. Nossa Senhora é tudo. Ninguém é nada sem a mãe”, afirmou.

A conquista de uma oportunidade de trabalho é graça pela qual Emanuela Manganelli. “No ano passado eu fiz a caminhada como peregrina e solicitei uma graça, que era a de arrumar um emprego. Uma semana depois fui chamada pela empresa”, contou.

Na missa, o bispo diocesano dom Jacinto Inácio Flach ensinou que ao invés de fazerem perguntas, os fiéis devem crer e confiar. “Quantas vezes, nós nem sabemos como pedir, mas de uma ou de outra maneira, ela nos concede através do Filho. Quantas graças! Se vocês pudessem falar, aqui, dar testemunhos, certamente passaríamos dias ouvindo”, disse em homilia.

— Com certeza, hoje à tarde ou à noite, quando voltarem para casa, todos vocês se sentirão abençoados, transformados, não em água simples, mas num vinho que traz alegria, que tem cor e sabor —, acrescentou. Ele elogiou a fé do povo que “não esmorece” mesmo diante das crises pelas quais passa o Brasil e outros países.

Com informações da Diocese de Criciúma