O primeiro momento formativo da reunião do Conselho de Pastoral do Regional Sul 4 da CNBB, teve como ponto de partida um aprofundamento do papel das comunidades eclesiais missionárias apontadas pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja em Santa Catarina. Conduzidos pelo diretor do Instituto Teológico de Santa Catarina (ITESC), padre Vitor Gaudino Feller, os membros do Conselho puderam refletir sobre a complexidade e os desafios na atuação de uma pastoral cada dia mais vivenciada em uma cultura urbana.

Padre Feller, no início de sua fala, resgatou dentro da história os vários tipos de comunidades que já existiram em cada período da vida da Igreja, desde as comunidades da cristandade, passando pelas comunidades conciliares e pós-conciliares, as comunidades populares libertadoras e as comunidades contemporâneas. Fazendo a recordação das várias formas de ser comunidade na Igreja, o padre trouxe, a partir das Diretrizes, os novos horizontes de comunidades que se sonham.
De acordo com padre Feller, as comunidades devem ser lugar de presença querigmática, plural e acolhedora. “As comunidades devem ser lugar do agir como Jesus a partir de sua relação com o Reino de Deus. Precisamos evidenciar comunidades que sejam sinal de uma sociedade alternativa, como a que Jesus propôs diante da sociedade que encontrou e enfrentou”, disse o padre.
Comunidades em transformação – Segundo o padre Feller, as comunidades têm opção contínua pela vida, de todos, a começar dos últimos. “A comunidade é lugar de confiança no Espírito Santo, que se revela e age sempre no meio dos pobres. A comunidade eclesial missionária é desinstaladas de hábitos, estruturas e linguagens ultrapassadas, ela é ousada e busca novos caminhos”, relatou.
Finalizando o momento formativo, padre Vitor destacou que as comunidades devem ser carregadas de lideranças leigas. “É necessário um laicato ativo que renove o interior da Igreja e que fermente a sociedade com o Evangelho”, concluiu.