A maior parte do tempo de um bispo participante da Assembleia Geral transcorre no plenário, local onde ocorrem as apresentações e debates sobre os temas propostos. É um espaço de encontro e diálogo que reforça a unidade entre os bispos e onde eles também podem partilhar a responsabilidade comum.

Durante a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre 11 e 20 de abril, o plenário com os 355 bispos participantes ocorre no espaço principal do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional de Aparecida (SP).

Distribuição dos lugares

Bispos de Santa Catarina na 56ª Assembleia Geral. Foto: CNBB Sul 4/Franklin Machado.

Ao entrar neste espaço, um primeiro aspecto chama a atenção: cada bispo está sentado num espaço reservado para o seu regional (vale lembrar que são 18 regionais). E aqui, uma ajuda importantíssima em toda essa organização é dada pelos secretários de cada regional, padres ou leigos, responsáveis, entre outros, pela coleta ou distribuição de algum material impresso.

Mesa de coordenação

No plenário, a mesa principal sempre é composta pela presidência da CNBB e por algum perito convidado para tratar de um assunto específico. Mas toda a coordenação dos trabalhos fica sob a responsabilidade do Secretário-Geral. Este ano, excepcionalmente, Dom Esmeraldo de Farias, bispo auxiliar de São Luís (MA) é que está realizando a função de coordenador geral dos trabalhos. Ele é o responsável por apresentar a pauta do dia, fazer a apresentação do tema, regular os tempos e horários das sessões e conceder o uso da palavra e as intervenções.

O regulamento da Assembleia estabelece que “o tempo para qualquer intervenção em plenário da Assembleia Geral é de três minutos, podendo o coordenador da sessão, por razão justa, diminuí-lo ou, excepcionalmente, aumentá-lo” (art. 55).

Sessões em plenário

Também é durante as sessões plenárias que são realizadas as votações e aprovações de textos e documentos. Qualquer votação em plenário pode ser feito de dois modos: ou a “descoberto” (onde cada bispo ergue a mão diante da pergunta) ou de forma secreta (por escrito ou outra forma que garanta o sigilo). A proclamação dos resultados sempre é feita pelo coordenador dos trabalhos.

Outro trabalho indispensável dentro do plenário é o da secretaria. Durante a 56ª Assembleia este serviço está sob a responsabilidade dos padres Antônio Silva da Paixão, Deusmar Jesus da Silva, auxiliados pelo Antônio Xavier Batista. Eles ficam numa mesa ao lado da mesa principal e servem como ligação com a secretaria e equipes de serviço externas à Assembleia. Algumas pessoas também integram o grupo de TI (tecnologia da informação).

Fundos

No fundo do plenário ficam os assessores, padres ou leigos que coordenam e auxiliam as comissões episcopais e que colaboram na reflexão e elaboração de textos e também na organização de toda a Assembleia Geral.

Mas sobre estas funções, o regimento já afirma: “tal equipe, formada de pessoas de confiança da Presidência, terá total discrição, não interferirá nos trabalhos do plenário, não terá voz, a não ser interpelada pela Presidência, nem participará das sessões reservadas somente para os membros e Bispos” (art. 108).

Em cada sessão plenária, uma ata é redigida e entregue aos bispos. A redação destas atas fica por conta de sete bispos e dois padres auxiliares.

Logística

Mas quem olha toda essa estrutura pronta não imagina que tudo começou a ser pensado há seis meses. Segundo a Coordenadora do Núcleo de Eventos do Santuário Nacional, Ana Persídia Sales, a Assembleia Geral da CNBB se torna um evento complexo e exige uma atenção especial.

Há um cuidado maior porque modifica toda nossa estrutura e dinâmica. Tudo é montado para o evento. A montagem da estrutura começou no dia 26 de março e nesse período pré, pós e durante o evento, cerca de 150 pessoas estão envolvidas, entre segurança, limpeza, empresas terceirizadas e colaboradores do Santuário”, afirma.

Por CNBB