A Comissão Pastoral para a Ação Sociotransformadora do Regional Sul 4 da CNBB realizou na última semana dois encontros virtuais de articulação da ação evangelizadora no estado. O primeiro aconteceu na última quinta-feira, 15 de abril, no intuito de aprofundamento na temática da Gestão de Riscos e Emergências ligados ao Meio Ambiente. Já o segundo espaço aconteceu no sábado, 17 de abril, para pensar ações em comuns da Pastoral Indigenista junto aos povos originários.
Meio Ambiente, Gestão de Riscos e Emergências (MAGRE)
Estiveram presentes no Encontro Regional sobre o Programa MAGRE, representantes de nove dioceses catarinenses, entre coordenadores diocesanos de pastoral, ecônomos, agentes das Pastorais Sociais e da Rede Cáritas. O espaço foi uma proposição da última reunião do Conselho Regional de Pastoral (CRP), em março de 2021.
Diante do cenário ambiental que traz consequências drásticas, sobretudo em função das mudanças climáticas, Santa Catarina aparece como um dos estados mais vulneráveis a eventos climáticos no país. Durante as situações de emergências, a Igreja se coloca à serviço daqueles que sofrem, com a realização de campanhas emergenciais e atendimentos as famílias. No entanto, com o aumento expressivo desse tipo de eventos, foi percebida a necessidade de organizar esse serviço de solidariedade de forma planejada e contínua.
A partir dos indicativos trazidos pelos participantes do encontro e das orientações do programa MAGRE, será organizado um documento mártir que dará início a construção de um Plano Regional de Emergências que auxiliará no processo de formação de lideranças junto às Dioceses.
Pastoral Indigenista
Em parceria com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a CNBB Sul 4 promoveu no último sábado (17), um espaço virtual para pensar a articulação da Pastoral Indigenista tanto em nível regional quanto nas dioceses catarinenses. Atualmente, seis Dioceses possuem presença de comunidades indígenas. O principal intuito do encontro foi a troca de experiências para uma possível caminhada conjunta, criando núcleos diocesanos e também uma rede estadual de articulação com assessorias, parcerias e socialização das experiências.
Dentre os encaminhamentos do encontro, ficou evidenciado a necessidade emergencial de organizar um processo de solidariedade em apoio às comunidades indígenas que têm dificuldades quando se refere à alimentação básica e solidariedade nutricional. Também a busca de processos formativos que tragam em pauta questões teológicas, culturais e interculturais, dos direitos e antropologia que dê condições de enxergar os povos indígenas como sujeitos de direitos.