Tema: Igreja uma Sinfonia Vocacional
Lema: “Pedi, pois ao Senhor da messe” (Mt 9,36)

Nesta manhã, 01, na sede do Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), aconteceu a celebração de abertura do Mês Vocacional, presidida por dom Onécimo Alberton, bispo auxiliar da arquidiocese de Florianópolis e secretário da CNBB Sul 4. Estavam presentes na celebração a coordenadora regional da Pastoral da Criança, Ir. Marilde Arenhardt, e do animador da Laudato Si em Santa Catarina, Telmo Pedro Vieira, junto com a equipe do secretariado executivo.

Confira abaixo a homilia de dom Onécimo Alberton.

MÊS VOCACIONAL

Tema: Igreja: uma sinfonia vocacional.

Retoma aquilo que São Paulo VI recordava no 12 Dia Mundial de Oração pelas Vocações, mandato de Jesus. Por meio dessa grande sinfonia de oração, é importante compreender que rezar pelas vocações, deve significar em primeiro lugar compromisso de viver com  autenticidade e profundidade sua vocação e só assim, com todas as  notas vocacionais juntas e em harmonia, será formado essa grande Sinfonia Vocacional.

Lema: “Pedi, pois ao Senhor da messe” (Mt 9,36). A Igreja nunca poderá deixar de pedir a Deus pelas vocações.

“Só na relação com todas as outras é que cada vocação específica na Igreja se revela plenamente com a sua própria verdade e riqueza. Neste sentido, a Igreja é uma sinfonia vocacional, com todas as vocações unidas e distintas em harmonia e juntas <em saída> para irradiar no mundo a vida nova do Reino de Deus” (Papa Francisco).

Uma sinfonia vive da sábia composição dos timbres dos diversos instrumentos: cada um dá o seu contributo, ora sozinho, ora combinado com outro, ora com todo o conjunto. A diversidade é necessária, é indispensável.

Somos todos diferentes e dessa diversidade podemos formar uma sinfonia de vozes. Para formar uma sinfonia de povos. Esta é uma coisa importante:  Que todos os povos cantem juntos, que haja paz.

Na primeira leitura do profeta Jeremias assim Deus expressa a sua vontade: Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão..  No Evangelho, Jesus ao falar do Reino, comparando a uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Mostrando que o chamado vocacional se estende a todos, ninguém fica excluído, porém na resposta a este chamado nem todos correspondem, nem todos acolhem e são lançados fora…

Primeira semana: Vocação aos Ministérios Ordenados: Diáconos, padres bispos.
Segunda semana: Vocação à vida Familiar – Sacramento do matrimônio.
Terceira semana: Vocação a vida religiosa e consagrada.
Quarta semana: Vocação leiga do ministério dos catequistas.

 

Hoje celebramos e memória de Santo Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da Igreja.

SOBRE O AMOR A JESUS CRISTO

Toda santidade e perfeição consiste no amor a Jesus Cristo, nosso Deus, nosso sumo bem e nosso redentor. É a caridade que une e conserva todas as virtudes que tornam o homem perfeito. Será que Deus não merece todo o nosso amor? Ele nos amou desde toda a eternidade. “Lembra-te, ó homem, – assim nos fala – que fui eu o primeiro a te amar. Tu ainda não estavas no mundo, o mundo nem mesmo existia, e eu já te amava. Desde que sou Deus, eu te amo”.

Deus, sabendo que o homem se deixa cativar com os benefícios, quis atraí-lo ao seu amor por meio de seus dons. Eis por que disse: “Quero atrair os homens ao meu amor com os mesmos laços com que eles se deixam prender, isto é, com os laços do amor”. Tais precisamente têm sido todos os dons feitos por Deus ao homem. Deu-lhe uma alma dotada, à sua imagem, de memória, inteligência e vontade; deu-lhe um corpo provido de  sentidos; para ele criou também o céu e a terra com toda a multidão de seres; por amor do homem criou tudo isso, para que todas as criaturas  servissem ao homem e o homem, em agradecimento por tantos benefícios, o amasse.

Mas Deus não se contentou em dar-nos tão belas criaturas. Para conquistar todo o nosso amor, foi ao ponto de dar-se a si mesmo totalmente a nós. O Pai eterno chegou ao extremo de nos dar seu único Filho. Vendo-nos a todos mortos pelo pecado e privados de sua graça, que fez ele? Movido pelo imenso, ou melhor – como diz o Apóstolo – pelo seu demasiado amor, enviou seu amado Filho, para nos justificar e nos restituir a vida que  havíamos perdido pelo pecado. Ao dar-nos o Filho, a quem não poupou para nos poupar, deu-nos com ele todos os bens: a graça, a caridade e o paraíso. E porque todos estes bens são certamente menores do que o Filho, Deus, que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós,  como não nos daria tudo junto com ele? (Rm 8,32).

 

Dom Onécimo Alberton | Bispo auxiliar da Arquidiocese de Florianópolis (SC) | Fotos: Jaison Alves da Silva