Na sexta-feira, 23 de agosto de 2024, durante a 56ª Assembleia Regional de Pastoral em Rio do Oeste (SC), o Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou a instituição de nove catequistas de diferentes dioceses de Santa Catarina como Ministros da Catequese. A cerimônia ocorreu na Paróquia Nossa Senhora da Consolata, em Rio do Oeste (SC).
O Missa contou com a presença dos 11 bispos do Regional Sul 4, além de padres, religiosos, religiosas, e leigos e leigas de toda Santa Catarina. A celebração foi conduzida pelo bispo da diocese de Criciúma (SC) e referencial da Animação Bíblico-Catequética na CNBB Sul 4, dom Jacinto Inácio Flach, e transmitida ao vivo pela Oriundi TV e pelos canais da CNBB Sul 4 e das dioceses de SC no YouTube e Facebook.

Em sua homilia, Dom Jacinto enfatizou a importância do Rito de Instituição do Ministério de Catequista, destacando-o como um momento histórico e significativo para a Igreja em Santa Catarina. Ele comparou esse momento à instituição dos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, que trouxe grandes benefícios à comunidade. Inspirado pelo Espírito Santo, o Papa Francisco reconheceu a dedicação dos catequistas, que, mesmo sem uma designação oficial, já eram reconhecidos por Deus. Ele ressaltou que, embora nem todos sejam formalmente instituídos, todos os que servem a Deus são amados e reconhecidos. Os catequistas presentes na cerimônia, representam uma vasta comunidade de catequistas, receberam a missão de continuar servindo com alegria e devoção.
Dom Jacinto lembrou que a missão de um catequista é de extrema importância na Igreja, comparando-a à tarefa de encontrar e compartilhar um tesouro, o Reino dos Céus, com aqueles que ainda não o conhecem. Ele destacou que o verdadeiro valor da missão está na humildade e no serviço aos outros, sem vaidade ou orgulho. Os catequistas são chamados a serem exemplos de fé, mestres e guias para os fiéis, sempre apoiados por uma vida de oração e zelo apostólico. O bispo de Criciúma encorajou todos a abraçarem essa missão com entusiasmo, lembrando que a descoberta e a transmissão desse tesouro espiritual são essenciais para a alegria e a salvação das pessoas, especialmente em um mundo que muitas vezes afasta as pessoas de Deus. Ele finalizou abençoando a missão dos catequistas e desejando que continuem servindo com dedicação e alegria.
Símbolos entregues durante o ritual
A Cruz

Para o catequista, a cruz vai além de um simples símbolo de fé; ela representa um compromisso profundo com a missão de ensinar os preceitos de Cristo. É um lembrete constante do sacrifício supremo de Jesus e do amor redentor que Ele demonstrou por toda a humanidade. Carregar a cruz, para o catequista, significa seguir o exemplo de Cristo, dedicando-se ao serviço ao próximo, à educação na fé, e ao testemunho vivo do Evangelho. Nesse sentido, a cruz simboliza renúncia pessoal, entrega total a Deus e uma jornada de fé marcada por serviço e dedicação.
A Bíblia

A Bíblia é mais do que um texto sagrado; é uma fonte inesgotável de sabedoria, inspiração e orientação espiritual. Ela não só instrui sobre a fé e os ensinamentos cristãos, como também fortalece e enriquece a jornada espiritual do catequista. Ao explorar as Escrituras, o catequista encontra respostas para as questões mais profundas da vida e descobre um caminho de esperança e consolo em tempos de adversidade. A Bíblia, portanto, se torna um guia essencial, uma companheira constante na missão de transmitir os ensinamentos de Cristo, moldando o catequista com amor, compaixão e justiça em sua caminhada de fé.
Testemunho dos catequistas:
Da diocese de Rio do Sul (SC), Silvana Laureano da Silva de Souza comenta: “Receber o ministério de catequista é um momento de grande alegria, significado e muita emoção. É uma oportunidade maravilhosa de compartilhar a fé, ajudar a construir uma comunidade mais unida e ser uma guia espiritual para aqueles que estão em busca de compreensão e crescimento na fé. Sinto como uma transformação pessoal, uma oportunidade de crescimento pessoal e espiritual. À medida que ensinamos e guiamos, também aprendemos e nos aprofundamos em nossa própria fé. Tenho plena consciência de que o ministério de catequista é, essencialmente, um serviço e uma dedicação aos outros. Recebo com grande alegria esse ministério, que é um caminho para viver a fé de forma prática e impactante, promovendo o crescimento espiritual e o fortalecimento da comunidade cristã através do meu serviço dedicado e amoroso.”
Para Vera Regina Mazureck, da diocese de Caçador (SC), “’Testemunha com a vida e a Palavra’ diz o texto ritual. Esta, entre outras frases, é um lembrete diário do compromisso que assumi diante de Deus e da comunidade: responsabilidade por representar tantos catequistas e seus esforços, dedicação, carinho e amor pela catequese, pelo anúncio do Reino de Deus junto às crianças, adolescentes, jovens e adultos, e nas mais diferentes formas de catequese. Ser instituída Ministra da Catequese é ser testemunha de um trabalho de importância basilar para a Igreja, tendo presente a diversidade de ambientes e realidades onde acontece a evangelização. Que Deus ilumine todos aqueles e aquelas que foram e serão instituídos Ministros Catequistas, a fim de que ‘testemunhem com a vida e com a Palavra’ o Reino de Deus.”
“A catequese é um processo permanente na vida cristã; é guardar e alimentar a memória de Deus. Tudo o que anuncio, testemunho e vivo na oração é prazeroso. Jesus deve estar presente na vida do catequista, ser anunciado para que todos se encantem e O sigam. Sou apaixonada pela catequese desde a minha adolescência. Sinto-me feliz em receber o ministério de catequista. Gratidão.” Ana Maria Marcis, da diocese de Lages (SC).
Vanda Rita Cerezer Manica, representante da diocese de Chapecó, diz que: “Foi um momento muito especial e emocionante, uma das melhores coisas que aconteceram em minha vida. Recebi o ministério com muita fé, gratidão e responsabilidade pelo serviço à Igreja, reconhecendo o meu compromisso com a catequese da minha diocese. Foi um chamado para colaborar cada vez mais com algo que é tão especial e importante para mim. O ministério é mais um momento histórico para a nossa missão na transmissão e aprofundamento da fé.”
“Para mim, receber o Ministério da Catequese foi sentir e saber que a Catequese gera filhos na Igreja. É claro que muitos pais geram primeiro, mas o catequista educa na fé.” Testemunho da representante da diocese de Tubarão, Maria Estela Esmeraldino Rigotti.
Sandra Reiser comenta: “Receber o Ministério de Catequista, representando a diocese de Blumenau (SC), foi (é) uma honra, uma graça recebida… ‘um pedacinho do céu aqui na Terra’, ‘a pérola de grande valor’… Deus reserva para nós grandes surpresas. Que a Palavra de Deus continue nos encantando e conduzindo neste tempo de ‘mudanças’… Que o Espírito Santo seja sempre nossa luz e guia… Que o Senhor nos abençoe. Amém!”
A representante da diocese de Criciúma, Joseli Cristofolini dos Santos, diz que: “Papa Francisco, ao trazer à tona o Ministério de Catequistas, nos fez refletir ainda mais sobre nossa missão, que é árdua, mas um presente de Deus para os vocacionados. “Deus não escolhe os preparados, mas prepara os escolhidos”. É assim que me sinto: escolhida por Deus e ter a oportunidade de ser instituída no Ministério de Catequista. Sei que a responsabilidade é cada vez maior: ser exemplo e testemunha. Ser ministro da catequese me faz perceber que não estou subindo um degrau, como muitos podem pensar, mas, ao contrário, estou descendo um degrau e me curvando ao serviço do Reino de Deus. Que Deus nos ilumine nesta missão.”
“No momento em que recebi a cruz, trouxe comigo aqueles que prepararam o caminho para este momento: todos os padres, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas. Ao receber a Sagrada Escritura, senti uma profunda gratidão por representar os quatrocentos coordenadores de catequese e os cinco mil catequistas da minha diocese. Este chamado renova em mim o compromisso de, com humildade e amor, colaborar na missão de formar discípulos missionários que vivam intensamente sua fé.” Andréia Bonet, da diocese de Joinville.
Matéria e fotos: Jaison Alves da Silva - Ascom CNBB Sul 4