A terceira sessão da 57ª Assembleia Regional de Pastoral do Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reuniu, nesta quinta-feira, 21 de agosto de 2025, em Rio do Oeste (SC), as coordenações arqui/diocesanas de pastoral para a partilha das experiências de sinodalidade. O encontro ocorre no Centro Diocesano de Formação Dom José Jovêncio Balestieri, em Rio do Oeste (SC), na Diocese de Rio do Sul, e teve como eixo evidenciar caminhos, aprendizados e desafios para uma ação evangelizadora cada vez mais participativa e de comunhão.

Pela Diocese de Lages, Domingos Pereira Rodrigues, coordenador diocesano de pastoral, conduziu a apresentação com a oração “Somos Gente das Tendas”. Um vídeo resgatou a trajetória da Festa das Tendas e sua contribuição ao processo de construção do novo Plano Diocesano de Pastoral, sinalizando uma caminhada de escuta e corresponsabilidade.

A Diocese de Tubarão destacou a Visita Pastoral de Dom Adilson Busin, apresentada pelo coordenador diocesano de pastoral, padre Rodrigo José da Silva. Foram evidenciados cinco pontos: caminhar juntos, escuta recíproca, participação do Povo de Deus, celebração e discernimento pastoral. Entre os desafios, apontaram-se a superação da mentalidade clerical, a formação continuada para a escuta e o diálogo, e a garantia de uma participação efetiva e não apenas simbólica.

Em Criciúma, a Assembleia Diocesana de Pastoral e o Conselho de Pastoral, em funcionamento há 25 anos, foram ressaltados como expressão consolidada de sinodalidade e articulação. Como desafios, surgem a busca por maior unidade, o enfrentamento da sobrecarga e o risco de autorreferencialidade. A diocese mantém espaços formativos, como a Escola de Teologia para Leigos e a Escola Catequética.

A experiência da Diocese de Caçador, apresentada pelo coordenador diocesano de pastoral, padre Valmor José de Deus, nasceu da preparação para o Sínodo e da elaboração do Plano Diocesano de Pastoral. A caminhada sinodal foi descrita a partir de três dimensões: os sujeitos eclesiais, a metodologia e os frutos. Entre os desafios, foram citados o aprender a escutar, o amadurecimento nos discernimentos, o fortalecimento dos conselhos de pastoral e a consolidação de uma cultura sinodal.

Na Arquidiocese de Chapecó, a irmã Paula Cristina de Moura apresentou o Conselho Diocesano de Pastoral e sua vivência nos níveis paroquial e comunitário como grande espaço sinodal, abrangendo 46 paróquias e mais de 1.400 comunidades. Entre os aprendizados, destacaram-se o discernimento eclesial e processos formativos adequados; como desafio, o acompanhamento das articulações e o contínuo fortalecimento da sinodalidade.

A Arquidiocese de Joinville trouxe um vídeo apresentado pelo padre Edmilson Conzati, evidenciando os espaços de articulação sinodal: o grupo de reflexão pastoral que apoiou a implementação dos conselhos missionários paroquiais e comunitários em toda a diocese e a elaboração das Diretrizes Sacramentais, reforçando práticas de corresponsabilidade.

De Joaçaba, o padre Tiago Willian de Souza partilhou que a celebração dos 50 anos da diocese impulsionou um itinerário sinodal com forte protagonismo das lideranças leigas. Em chave missionária, organizou-se um roteiro de visita pastoral às 27 paróquias, propondo às comunidades a pergunta que projeta o futuro: “Como queremos que sejam os próximos 50 anos?”

A Diocese de Rio do Sul apresentou sua caminhada sinodal por meio do testemunho da Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe. O padre Arnaldo Allein destacou a criação de espaços de participação dos sujeitos pastorais, evidenciando como a escuta e o compromisso comunitário geram processos de corresponsabilidade.

Em Blumenau, padre Carlos Ronaldo Evangelista da Silva e Malena Andrade relataram uma trajetória diocesana inspirada pela catequese com inspiração catecumenal, sublinhando como desafio a mudança de mentalidade para uma prática mais participativa e com maior protagonismo laical.

Por fim, a Arquidiocese de Florianópolis apresentou a elaboração participativa do Plano de Pastoral Arquidiocesano, conduzida pelo padre Alcides Albony Amaral. A experiência evidenciou o compromisso de ouvir amplamente o Povo de Deus antes de planejar. Entre os aprendizados, sobressai a centralidade da escuta; entre os desafios, a formação de lideranças e a ampliação efetiva dos conselhos e dos espaços de comunhão.

 

O conjunto das partilhas reafirmou o empenho do Regional Sul 4 em promover processos que façam da sinodalidade um modo de ser Igreja: caminhando juntos, escutando com atenção, discernindo com maturidade e assumindo, em corresponsabilidade, a missão evangelizadora.

Matéria: Franklin Machado | Fotos: João Vitório Martins | ASCOM da 57ª ARP CNBB Sul 4