A 1ª Assembleia da Província Eclesiástica de Joinville no último sábado (1), foi mais um passo na caminhada para uma Igreja Sinodal entre a Arquidiocese de Joinville e as Dioceses de Blumenau e Rio do Sul. Foi num dia inteiro, dividido em diferentes momentos e atividades, e contou com animação, oração, mas principalmente momentos de escuta e diálogo para pensar os próximos passos pastorais.
O encontro aconteceu na Paróquia São Francisco de Assis, em Blumenau, e todos foram bem acolhidos e recebidos. A animação inicial possibilitou um contato mais próximo entre todos os participantes desde os primeiros minutos de assembleia. Após, foi conduzida a oração inicial com a dezena vocacional, em intenção por novas vocações e em comunhão com o projeto do Regional Sul 4 da CNBB, “Padres para a Igreja em Santa Catarina”.
Dom Rafael, bispo de Blumenau, fez questão de iniciar sua fala destacando a importância da elevação da Arquidiocese de Joinville. “Quis Deus, que no dia 5 de novembro de 2024, a Diocese de Joinville fosse elevada e, neste mesmo ato, criar esta província, junto com Blumenau e Rio do Sul”, afirmou.
Um vídeo produzido pela Arquidiocese de Joinville foi apresentado a todos, onde Dom Francisco Carlos Bach, arcebispo desta mesma arquidiocese, explicou o que de fato é uma Província Eclesiástica. Em sua fala, ele enfatizou: “Nossa missão é caminharmos juntos e em prol do bem de todos. É uma união pastoral que visa o bem comum.” Ainda, neste mesmo vídeo, o Arcebispo de Joinville deixou claro que em uma Província Eclesiástica ninguém é maior e ninguém é melhor do que ninguém. “Cada diocese é uma Igreja Particular, que possui seu bispo, ou seu arcebispo, e suas particularidades. Sendo assim, a vida de cada uma continua: Diocese de Blumenau é uma Igreja Particular. A Diocese de Rio do Sul é uma Igreja Particular. A Arquidiocese de Joinville, também é uma Igreja Particular.” Com isso, foi possível perceber que a criação da província vem para unir forças e criar um caminho sinodal, onde a união e a corresponsabilidade é um dos pontos mais importantes.
Após ser apresentado um vídeo institucional sobre as Dioceses de Blumenau e Rio do Sul, e também da Arquidiocese de Joinville, os participantes da assembleia foram divididos em pequenos grupos, de acordo com a pastoral, movimento ou serviço eclesial que atuam. Desta maneira, foi iniciado um processo de escuta onde cada um pôde expressar as maiores conquistas, dificuldades, sonhos e metas para o trabalho que desenvolve. Um exemplo foi a Pastoral da Comunicação, a Pascom, onde os representantes decidiram se encontrar durante alguns momentos no próximo ano para que possam trocar experiências, conhecimentos e pensarem, juntos, alguma maneira de criar unidade entre as diferentes realidades e Igrejas particulares, mas continuando no mesmo objetivo.
Para completar a exposição das realidades e atividades desenvolvidas, os padres coordenadores de pastorais apresentaram a estrutura local e divisão de atividade da cidade onde trabalham, deixando evidente as ações evangelizadoras realizadas nos locais.
O arcebispo de Joinville, Dom Francisco, explicou o papel da Assembleia Provincial para a criação de um diálogo concreto a respeito de novas ideias para o futuro. “Se a função de uma Assembleia Provincial é pastoral, inegavelmente é necessário ter encontros e conversas”, chamou a atenção. “Hoje já valeu o encontro. Pudemos conhecer as realidades uns dos outros, mas precisamos ter metas, pensando no próximo ano”, observou. Com isso, todos se comprometeram a manterem conversas e trocas de experiências, aumentando assim a possibilidade de criar atividades e momentos que possam ser vividos e experimentados pelos fiéis de toda a Província Eclesiástica de Joinville.
A Assembleia Provincial foi encerrada com a Santa Missa. Durante a homilia, Dom Francisco expressou a corresponsabilidade de cada um para que a Igreja Particular se mantenha viva. Para o arcebispo, os coordenadores leigos e leigas ali presentes são essenciais para levar adiante a evangelização e têm uma missão sob o olhar da fé. E essa missão que Deus dá precisa ser cumprida.
“Acredito que nossa missão é a de buscar a santidade, assim como já fazemos em nossas Igrejas Particulares”, ponderou. “A nossa missão é existente, valiosa e importante. Por isso, quero agradecer a todos que se empenharam para que este dia pudesse ser, de fato, de uma Igreja Sinodal a caminho do céu”, agradeceu.
Ao final, Dom Adalberto Donadelli Júnior, bispo de Rio do Sul, desejou que todos voltassem com o coração alegre e entusiasmado. “Eu volto feliz. Foi uma assembleia de irmãos e irmãs. Nós acolhemos, mas também ofertamos. Vamos dividir, compartilhar nossos dons. Vamos crescer: a esperança dessa assembleia é de uma Igreja que está viva, muito viva, e nós aqui presentes somos responsáveis por essa vivacidade”, explicou. “Vocês são as nossas mãos, nossos braços, muitas vezes nossos olhos, ouvidos e bocas. Sintam-se abraçados, amados, e enviados em missão, nas suas dioceses, mas também sintam-se comprometidos com a nossa província”. Para encerrar, partilhou: “Nós bispos estamos muito felizes. Trocamos experiências, choramos, rimos, nos abraçamos, pois a vida de bispo é de fato de muita responsabilidade. Por isso, rezem por nós, pois nós estaremos dando o nosso melhor para esta província”.
A 2ª Assembleia da Província Eclesiástica de Joinville já tem data: será no dia 7 de novembro de 2026, na Diocese de Rio do Sul. Que São João Batista, São Paulo Apóstolo e São Francisco Xavier roguem por cada um.
Com informações: ASCOM Arquidiocese de Joinville


