Erros, quem não os comete?
Uma das condições humanas é que, por nossa natureza, todos estamos sujeitos a cometer falhas e erros. A “perfeição” é uma constante busca, um constante crescimento e desenvolvimento. Somos um eterno projeto, sempre em construção. Eu até ouso pensar e dizer que sugira. Gosto mais dessa visão sobre o ser humano. Nascemos inacabados, não imperfeitos. Quando digo ou me sinto imperfeito, há uma força negativa em mim, mas quando me vejo e me sinto um ser inacabado, me sinto otimista, porque então sei que posso crescer, melhorar, evoluir.
Li em algum lugar, faz tempo, mas não tinha autor: “Não tenha medo de cometer erros, tenha medo de não aprender com eles”.
Realmente, em cada projeto ou experimento novo, sempre estamos sujeitos a, nas primeiras tentativas, não dar certo ou perceber que a obra já realizada pode receber melhorias. Quem desiste facilmente porque, depois de uma, duas, dez tentativas, não conseguiu alcançar o que tinha planejado ou projetado, não evolui, não cresce, não se desenvolve. Porém, quem insiste, persiste, procura assessorias, procura opiniões de outras pessoas, de pessoas já com mais caminhada, mais experiência, mesmo que tenha que modificar o projeto original imaginado ou desejado, alcançará algo bem melhor do que tinha imaginado.
Para pessoas que acreditam em si e acreditam nos outros, um erro pode ser um trampolim ou uma “provocação” para dizer: tente novamente. Diga para si mesmo: vou ver onde errei, onde falhei, o que posso ou devo modificar.
Aprender com os próprios erros conduz à sabedoria. Desistir, às vezes, pode ser mais cômodo ou até ser covardia.
Insista, persista, invista, que a vitória chegará, mesmo que demore um pouco mais do que esperava.
No antigo latim, há uma sábia expressão apropriada para o texto acima, que dizia: “Repetitio est mater studiorum”, que traduzido é: “A repetição é a mãe dos estudantes”.
Então, sejamos eternos estudantes, eternos aprendizes. Que os erros que cometemos, quase sempre de forma involuntária, não nos façam sentir imperfeitos ou fracassados, mas inacabados, com chance de crescimento.
Os orgulhosos, arrogantes e petulantes não admitem erros, e, quando os cometem, não pedem desculpa ou perdão. A humildade é a virtude que nos faz humanos e nos torna sábios.
Guilherme Antonio Werlang, msf | Foto: Jaison Alves da Silva