Os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegaram a Chapecó na tarde do dia 28 de janeiro. Uma parada excepcional aconteceu na Igreja Matriz São Miguel Arcanjo, para apoiar os familiares de Isabela Fiorini, 19, que morreu em no incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, junto com pelo menos 230 pessoas.

O bispo diocesano Dom Manoel João Francisco dirigiu o velório da jovem. Ele analisou que não “é possível medir a dor” dos parentes, mas “é preciso buscar um significado” para o ocorrido ao invés de se tentar explica-lo.

A cruz foi colocada no altar da Igreja, perto da família e permaneceu lá até que o corpo de Isabela foi retirado para ser levado ao Rio Grande do Sul onde seria cremado.

Por volta das 19h, uma Marcha dos Mártires organizada pelas Pastorais da Juventude da Região Pastoral de São Miguel do Oeste foi realizada com a participação de pelo menos duas mil pessoas. Durante o percurso de três quilômetros, pessoas consideradas mártires foram lembradas, entre elas, Dom José, bispo emérito da diocese falecido em 2002, e o vereador chapecoense pelo PT Marcelino Chiarelo, morto em circunstâncias ainda não esclarecidas de denunciar um esquema de corrupção.

O ato terminou com um momento de oração dirigido por Dom Manoel. Ele recomendou que os sacramentos e a participação na Igreja não sejam deixados de lado, porque as pessoas correm o risco de se serem “picadas pela cobra do demônio” o que resulta nas injustiças sociais e na violência lembradas ao longo da caminhada.

Quando o ato terminou, cerca de 5000 pessoas estavam na rua para o show com o padre e músico Ezequiel, do Rio Grande do Sul. Ele cantou suas próprias composições e clássicos, como “Jesus de Nazaré”, do padre Zezinho.

A Cruz Peregrina e os Ícones de Nossa Senhora e da Beata Albertina permanecem em Chapecó até dia 31 de janeiro, quando os Símbolos da JMJ serão enviados para o Paraná.