As pessoas idosas nem sempre vivem a “melhor idade” ou envelhecem bem. Está é uma visão equivocada. A Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) é testemunha de que, na realidade, milhares de pessoas idosas estão vivendo em situação calamitosa em seu estado de isolamento, abandono, risco social, fragilidades físicas, vulnerabilidades por várias situações, entre elas a pobreza extrema, negligência (do Estado, da Sociedade e da própria família), violência e maus tratos.

— O trabalho da PPI tem como objetivo assegurar a dignidade e a valorização integral das pessoas idosas e formar redes de solidariedade humana, fortalecendo o tecido social e contribuindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas na família, buscando a compreensão de todas as dimensões do envelhecimento (física, psicológica, social e espiritual), gerando uma cultura de cuidado do ser humano em sua plenitude para a construção de uma sociedade mais igualitária para todas as idades —, explicou a coordenadora estadual da PPI, Osvaldina Zucco Weber.

É por esses e outros motivos que a PPI comemora este mês o Dia Internacional da Pessoa Idosa (1º de outubro), mesmo que ainda exista um longo caminho pela frente para que todas as pessoas vivam seus direitos plenamente, com dignidade e amor.

A PPI atua diretamente junto às famílias através de pessoas voluntárias, devidamente capacitadas, que vivem na própria comunidade, chamados de “líderes comunitários”. Eles fazem visitas domiciliares mensais às pessoas idosas, preferencialmente às mais vulnerabilizadas, independentemente de seu credo religioso ou tendência política.

Durante as visitas, elas são ouvidas, acima de tudo, e recebem uma mensagem de carinho, solidariedade e esperança, com foco na no bem-estar social e emocional e na valorização de sua história de vida.

— Este também é um ano especial para a PPI por outro motivo. É o ano em que completamos 10 anos de caminhada. Durante este período, nos empenhamos para ampliar e fortalecer esta missão de amor e solidariedade para com todas as pessoas idosas, num processo educativo integrado à sua família e à comunidade —, complementou Osvaldina.

Em Santa Catarina a PPI está presente em nove Dioceses, com 750 líderes comunitários que acompanham 2.796 pessoas idosas. “Acreditamos, que somos uma força movidos por muito amor. É a força da solidariedade, da fraternidade, do desejo de um mundo melhor, onde todos os idosos sejam respeitados e amados, principalmente, pela sua própria família”, finaliza a coordenadora.

Camilla Baptista Mallon Geiger